Trabalhos e testes no Golfo do México são paralisados com ameaça de tempestade tropical

23/07/2010 00:53

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Uma tempestade tropical no Caribe que avança sobre a região do vazamento de óleo obrigou a BP a paralisar os trabalhos de lacramento do poço no golfo do México nesta quarta-feira (21).

O almirante da Guarda Costeira norte-americana indicado pelo governo para cuidar do vazamento, Thad Allen, afirmou que o mau tempo deve parar também os trabalhos das equipes de limpeza, além da equipe que trabalha nos testes da nova tampa instalada para conter o vazamento.
Cientistas têm feito observações para determinar se a tampa está mudando a pressão no poço e causando novos vazamentos em outros pontos do fundo do mar. Caso as tempestades não permitam que a tampa seja observada por um período maior que quatro dias, é possível que a BP reabra o poço para evitar dificuldades maiores na contenção do vazamento posteriormente.

Meteorologistas afirmaram que a tempestade deve chegar à região do golfo do México no fim desta semana, embora pareça estar mais fraca.

Thad Allen acrescentou que peritos da BP e do governo discutem se o monitoramento da tampa poderia ser feito a partir da costa, e não em alto mar.

A operação para remover os barcos do local do vazamento, a 80 quilômetros da costa de Luisiana, poderia levar vários dias. Segundo Allen, caso seja necessária a operação de evacuação dos trabalhadores, a retomada do trabalho para lacrar o poço poderia demorar até duas semanas.

Novos vazamentos

Quatro das maiores empresas petrolíferas do mundo anunciaram a criação de uma força-tarefa para desenvolver um sistema de resposta rápida a derramamentos de petróleo no golfo do México.

As petroleiras Exxon Mobil, Chevron, Shell e ConocoPhillips informaram que criarão uma joint venture que terá o objetivo de desenvolver, construir e operar de maneira rápida um sistema que possa recolher até 100 mil barris diários de óleo no caso de novos derramamentos a profundidades de até 3 mil metros.

Os investimentos iniciais para construir o novo sistema estão estimados em US$ 1 bilhão (R$ 1,8 bilhão).

As empresas esperam que o anúncio ajude a restaurar a confiança do governo e dos consumidores na exploração de petróleo na região.

“Como indústria, nós precisamos restaurar a confiança do povo americano para demonstrar que podemos produzir energia de modo seguro e ambientalmente responsável”, afirmou Marvin Odum, presidente da Shel Sistema Segundo um documento divulgado pelas empresas, o objetivo primário do sistema é o de conter qualquer vazamento de óleo antes que ele flua para o oceano.

“Uma vez construídos, os componentes do sistema serão completamente testados para garantir sua funcionalidade e serão mantidos em constante estado de prontidão. No caso de um futuro incidente, a mobilização começará dentro de dias e o sistema estará completamente operacional em semanas”, diz o comunicado.

As empresas estimam que o equipamento estará disponível no prazo de seis meses e o novo sistema pronto para ser usado em 18 meses.

Após criado, o novo sistema de contenção de vazamentos será operado por uma nova organização sem fins lucrativos batizada de Marine Well Containment Company. Outras empresas que trabalhem em perfurações no Golfo serão convidadas para participar da organização.

Após o anúncio, o CEO da Exxon Mobil, Rex Tillerson, afirmou que espera que o novo sistema nunca precise ser utilizado.

“Se nós fizermos nosso trabalho apropriadamente, este sistema nunca será usado”, disse.

 

*Com informações de agências internacionais 

Fonte: https://paisdaelitenews.wordpress.com/2010/07/22/trabalhos-e-testes-no-golfo-do-mexico-sao-paralisados-com-ameaca-de-tempestade-tropical/