US Patent 6.506.148: Confirmado! TV manipula as pessoas. Internet também?

21/02/2011 01:29

Por informação Incorrecta

Sábado, de manhã.
Acordo, fora chove. Sabe bem ficar em casa.
Pequeno almoço e a seguir, com o cérebro ainda em ralenti, ligo o computador.
Abro o correio, olha, Nuno Miguel enviou-me um link, vamos ver.
Fogo, toda esta papelada, e em Inglês ainda por cima...tá bom, tentamos perceber algo.
Ah, é o database das patentes registadas dos Estados Unidos.
Título: "Manipulação do sistema nervoso por campos electromagnéticos dos ecrãs".
O que é isso? Deve ser uma brincadeira. É, com certeza: a data é Janeiro de 2003. Imaginem, uma patente assim, passada despercebida ao longo de todos estes anos...
Controlo a homepage: não, não é brincadeira, é mesmo o database original.
Possível?
Leio tudo.
Definitivamente, não é brincadeira.
Eu pensava numa manhã de descontracção; Nuno enviou-me uma bonita pílula vermelha.

Efeitos fisiológicos

Hendricus G. Loos, o inventor, vive em Laguna Beach, California.
Assim descreve a própria invenção:

Efeitos fisiológicos foram observados em um sujeito humano em resposta à estimulação da pele com fracos campos eletromagnéticos pulsados com determinadas frequências, perto de 02/01 Hz, 2,4 Hz, como para excitar uma ressonância sensorial.

Muitos ecrãs de computador e de televisão, ao mostrar imagens pulsantes, emitem campos electromagnéticos de amplitude suficiente para provocar a tal excitação.

Por conseguinte, é possível manipular o sistema nervoso dum sujeito com imagens pulsantes exibidas num ecrã dum computador ou aparelho de televisão. TV. 

Neste último caso, o pulsar da imagem pode ser embutido num programa ou pode ser sobreposto à modulação dum fluxo vídeo, quer como um sinal RF ou como um sinal de vídeo.

A imagem exibida num ecrã de computador pode ser pulsada eficazmente com um simples programa. Para alguns ecrãs, os campos electromagnéticos capazes de excitar a ressonância sensorial podem ser gerados mesmo com imagens subliminais.


Em outras palavras: é possível provocar efeitos fisiológicos atravesso dos campos magnéticos dos ecrãs, como no caso dos computadores ou das televisões.
Nos computadores é possível controlar estes efeitos com um simples software, nas televisões pode recorrer-se a imagens, mesmo de tipo subliminais, ou a outro tipo de frequência.

Ecrãs de computador e de televisão podem ser projectados para emitem fracos campos eletromagnéticos de baixa frequência simplesmente com a intensidade de pulsação das imagens exibidas.

Experimentos mostraram que meio Hertz ou 2.4 Hz de ressonância sensorial podem ser excitados dessa maneira em sujeitos próximos dum ecrã.

Assim, um ecrã duma televisão ou dum computador pode ser utilizado para manipular o sistema nervoso das pessoas.

A aplicação desta invenção foi projectada para ser implementada numa fonte vídeo, seja ela um programa de computador, um programa de televisão, uma vídeo-cassete ou um disco de vídeo digital (DVD). 

No caso do ecrã dum computador, os impulsos da imagem podem ser produzidos por um programa informático adequado. A frequência da pulsação pode ser controlada através do teclado, de modo que o sujeito possa sintonizar-se numa frequência de ressonância sensorial individual. 

Um programa escrito em Visual Basic é particularmente adequado para o uso em computadores que executam o Windows 95 ou o Windows 98 como sistemas operacionais.[...]  

Tal procedimento é construído a partir da função GetTimeCount [uma aplicação extremamente leve e simples, que pode ser livremente descarregada também a partir de internet, NDT] disponíveis no Programa de Aplicação (API) do sistema operacional Windows, juntamente com um processo de extrapolação, que melhora a precisão do sincronismo. 

Uma variação na pulsação pode ser introduzida através do software, com o propósito de frustrar a habituação do sistema nervoso à estimulação do campo, ou quando a frequência de ressonância exacta não for conhecida. A variação pode ser aleatória dentro dum estreito intervalo, ou pode assumir a forma duma varredura de frequências ou amplitude. [...]

O programa que faz com que um monitor exiba uma imagem pulsante pode ser executado num computador remoto que esteja conectado por um link, e este último pode pertencer a uma rede ou a Internet. 

Para um ecrã de televisão, o pulsar da imagem pode ser inerente ao fluxo do vídeo à medida que flui a partir da fonte de vídeo, ou então, o fluxo pode ser modulado de forma a sobrepor-se a pulsar.No primeiro caso, uma transmissão de TV ao vivo pode ser programada para ter o recurso embutido, simplesmente pulsando um pouco a iluminação da cena que está sendo transmitida. Este método, óbvio, pode também ser usado na produção de filmes e gravação de fitas de vídeo e DVD.

 


Na verdade, esta patente de 2003 é o culminar dum alonga série de estudos, começados muito mais antes. Loos tinha apresentado a primeira patente em 1981. Por sua vez, Loos apoiou as próprias pesquisas nos trabalhos desenvolvidos desde a década dos anos ´50.

Manipulação acústica subliminal


Já em Janeiro de 2000, Loos tinha registado outra patente, a nº 6.017.302, cujo título era bastante explicativo: "Manipulação subliminal acústica do sistema nervoso".

E a descrição também é clara:

O método e o aparelho podem ser utilizados como uma ajuda para o sono, relaxamento ou excitação sexual, e clinicamente para o controle e talvez o tratamento da insónia, tremores, convulsões epilépticas e distúrbios de ansiedade.

Existe outra aplicação, como arma não-letal, e pode ser usada pelas forças policiais causando sonolência e desorientação em sujeitos específicos.


Mas a patente apresentada em 2003 é algo de especial: Loos demonstra que a manipulação do sistema nervosos já não pertence ao mundo da ficção científica mas está ao alcance de qualquer pessoa. Tudo o que é preciso é um ecrã: televisão ou computador, tanto faz.


Assim, qualquer transmissão, DVD, internet, filme, imagem pode transformar-se numa instrumento para a manipulação do sistema nervoso.

Quem não liga a televisão? Quem não liga o computador? Ou não navega em internet? Ou não aluga um DVD?

Ficção? Não, realidade. E um alerta.

 

E se a ideia é a de estar perante duma invenção que não passa duma promissora teoria, lembramos que para obter a patente registada é preciso demonstrar que a tecnologia para a qual se pretende a exclusividade é uma solução técnica para um problema técnico determinado, ou seja, é uma invenção.

Uma invenção, para ser patenteada, tem que apresentar, obrigatoriamente, possuir os requisitos de novidade, actividade inventiva e aplicação industrial.

Sobretudo esta última, realça o lado prático da patente: a invenção terá de servir em algum ramo industrial, como a agricultura, a farmacêutica, a mecânica, a engenharia genética, a química, etc. 

Por isso existem examinadores, no nosso caso Winakur; Eric F.como principal e Veniaminov; Nikita R como assistente. 


Procuro algumas notícias acerca do inventor, Hendricus G. Loos de Laguna Beach.
Nada, apenas alguns artigos científicos.
Esquisito.

Tudo o que sabemos é que em 2003 foi tornado disponível um sistema para alterar o sistema nervoso dos homens. E que o inventor acabou a própria patente com estas palavras:

Alguns ecrãs podem emitir pulsações dos campos eletromagnéticos que excitam uma ressonância sensorial em sujeitos próximos, através de imagem como as subliminais.

Isso é lamentável, uma vez que abre o caminho para a aplicação maliciosa da invenção, pois as pessoas podem ser expostas sem aviso à manipulação dos seus sistemas nervosos.

Essa aplicação seria anti-ética e não pode ser defendida. É aqui mencionada com o fim de alertar o público para a possibilidade dos abusos que podem ocorrer enquanto está online, ou enquanto assiste à televisão, um vídeo ou um DVD.

"Maliciosa", "Anti-ético", "Abusos"...deve ser mel para os ouvidos de alguém...
Nota: Obrigado Nuno Miguel! 
Ipse dixit.
Link: USPTO - Imagens: Imagens originais contidas na patente 

Fonte: https://www.informacaoincorrecta.blogspot.com/