A tirania globalista avança: Novo conceito de intervenção da Otan no mundo preocupa o Brasil

09/04/2011 01:56

“Isso é carta branca”, disse ontem (07/04) o ministro da Defesa, Nelson Jobim, na conferência internacional promovida pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais

O governo brasileiro está preocupado com o novo conceito estratégico da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que permite a intervenção em qualquer lugar do mundo onde os interesses dos países integrantes tenham sido lesados, com ou sem a autorização prévia da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Isso é carta branca”, disse hoje (7) o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao participar de conferência internacional promovida pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro. Ele não crê que isso possa afetar os interesses brasileiros, mas deu um recado: “O Brasil tem um compromisso muito sério na América do Sul com a preservação da soberania da Argentina sobre as [Ilhas] Malvinas”.

No contexto da segurança internacional, o ministro defendeu os objetivos do país de garantir a soberania nacional e a integridade do território; a construção de uma identidade sul- americana de segurança e defesa baseada na cooperação; e a ampliação da capacidade de respaldo da política externa por parte da estratégia de defesa. Para isso, terá grande importância, segundo ele, o aparelhamento das Forças Armadas. “A defesa é um projeto de desenvolvimento, porque fundamenta um bem público intangível, que é a segurança.”

 

O ministro afirmou que o Brasil vai continuar pleiteando um assento no Conselho de Segurança da ONU e insistindo na busca de “relacionamentos produtivos e não excludentes com todos os atores relevantes”. Por ser um país tolerante, que busca sempre o diálogo e a cooperação, o Brasil poderá contribuir muito no Conselho de Segurança da ONU, assinalou.

 

Jobim assegurou, contudo, que a posição brasileira é de distanciamento da questão da Líbia, apesar de a intervenção naquele país ter sido autorizada pela ONU. O Brasil não se intromete em conflitos externos que objetivem fazer a paz, mas em ações de manutenção da paz, esclareceu. “Não contem conosco”, afirmou. O governo brasileiro vê com cautela esse tipo de intervenção, porque, muitas vezes, pode esconder interesses de outras nações, acrescentou..

Ele disse que as experiências de soluções armadas no Oriente sempre acabaram em condições de agravamento da situação de instabilidade. “O que temos que buscar é uma situação de estabilidade na região que seja produzida interna e não imposta de fora”. Jobim lembrou que a questão das armas de destruição em massa no Iraque que foram a motivação para a invasão norte americana naquele país. E indagou: “Onde estavam [as armas]? Ninguém respondeu”.

O ministro reafirmou que a Constituição Federal não prevê o desenvolvimento de armas nucleares. A tecnologia é desenvolvida no país para atuação nas áreas de energia e saúde e, também, para impulsionar um submarino mais ágil e moderno para defender a costa nacional, onde se destaca a exploração do petróleo da camada pré-sal.

Fonte: Exame

SEMPRE GUERRA: Não é de hoje que o Ministro Jobim vem alertando sobre interesses estrangeiros em nosso continente, destacando a nossa Nação rica em recursos naturais. Certamente, o corte de Despesas promovido pelo Governo Dilma, inclusive sobre a Defesa, foi um balde de água fria para todos que estão cientes das ameaças que vem de fora.

Também não é de hoje que venho alertando sobre mais investimentos em Defesa. Um país rico em recursos naturais não pode contar com a sorte de que nada vai acontecer. O Brasil vem crescendo a cada dia, o país não é mais promessa. Vamos esperar acontecer algo para reagir? Isto será tarde demais!

Somente os ingênuos não vêem ameaças! Vejam a situação na Líbia, onde o interesse é o Ouro Negro (petróleo) deles, mascarados por ajuda humanitária... quanta hipocrisia! Isto quase provoca (talvez provoque ainda) uma crise internacional entre países membros da OTAN com a Rússia e a China que tem bilhões de dólares em investimentos no país e demonstram públicamente que não estão satisfeitos com a situação.

A intervenção da OEA sobre o caso Belo Monte é mais uma evidência de interferência estrangeira por aqui e não será a única. Temos a questão nuclear onde o Ministro tem deixado claro em suas entrevistas que é para fins pacíficos e que vai dar muito o que falar nos próximos meses e agora temos a ameça terrorista da Al-Qaeda em nossas terras tupiniquins... Estes, serão temas dos meus próximos posts.

Está na hora de acordar, não é verdade?

Fonte: https://www.sempreguerra.blogspot.com/