Crise mundial pode se transformar em catástrofe. Muitos ainda não acordaram

13/05/2010 15:47

 

Os EUA terão no futuro o mesmo problema da Grécia. Quem afirma isso é Marc Faber numa entrevista para a CNBC. Faber se expressou durante uma conferência telefônica onde participaram também Nouriel Roubini e Mohamed El-Erian da Pimco. Todos participantes vêem o futuro próximo com extrema preocupação.

Muitos não “acordaram” ainda – assim disse Faber por telefone de Bangkok – não reconheceram a profundidade do problema de débito dos EUA. A maioria dos países industriais do ocidente também estaria sentada sobre um barril de pólvora, o qual certamente irá logo pelos ares.

Sobre a alta do dólar, Faber esclarece: o dólar não se valoriza porque está bem, mas sim porque está menos pior que o Euro.

Em relação à China, Faber esclarece que existe lá uma bolha imobiliária. Deve-se contar aqui com um arrefecimento futuro.

O mercado de ações da China caiu nos últimos tempos em cerca de 20%.

A longo prazo, Faber vê positivamente as chances da China, todavia, teme contra-golpes amargos dentro dos próximos dois anos.

Caso este cenário de confirme, Mohamed El-Erian da Pimco teme o pior caso para a economia mundial. Pimco administra atualmente 2 trilhões de dólares mundo afora. O capital está investido principalmente em títulos.

Bastante comovido, El-Eriam disse que podemos apenas esperar que a China não entre em colapso. Se isso acontecer, então o coisa torna-se “muito muito” preocupante. A China é a única esperança para a economia mundial.

Quanto à crise de déficit, El-Erian fez uma comparação a um automóvel que prossegue em sua longa viajem, porém, não possui mais peças sobressalentes em casos de acidente. A maioria dos países já utilizou seus coringas. Segundo El-Erian, “caso o carro pare, porque está com defeito, ele não tem mais conserto”. Isso pode terminar numa catástrofe.

Fonte: www.fimdostempos.net