Ministra da saúde francesa é interrogada sobre conflitos de interesses da vacina

25/03/2010 22:48

A ministra da saúde francesa, Roselyne Bachelot, foi submetida ontem a um severo interrogatório, que foi muito pior do que o esperado, na câmara parlamentar do senado da França, sobre o papel desempenhado nas empresas farmacêuticas do país na campanha devacinação em massa contra a gripe suína.
Presidida por François Autain e Alain Milon, a comissão do Senado interrogou Bachelot por duas horas e meia sobre os potenciais conflitos de interesse, perguntando por que o governo comprou 94 milhões de doses de vacinas contra a gripe suína, por que os contratos tinham sido colocadas sob sigilo, se especialistas do governo foram realmente imparciais, e por que os médicos de família tinha sido excluído da campanha de vacinação em massa, relatou o jornal Le Monde.
Verificou-se durante o inquérito que a Novartis aceitou uma indenização de 16% para o excedente de vacina contra a gripe suína.
O governo, no entanto, não conseguiu chegar a um acordo com a GlaxoSmithKline ou aSanofi, Batchelot revelou.
Apenas cerca de 7 milhões de pessoas na França aceitaram a insuficientemente testada vacina da gripe suína - para a qual as empresas farmacêuticas foram dadas imunidade - deixando o governo com um estoque de quase 90 milhões de doses.