Não é mais ficção: Governo mundial lança a sua Skynet
Rede, que lembra o filme Exterminador do Futuro, pode ser capaz de detectar o perigo antes de qualquer humano.
Para os mais apreensivos – ou medrosos – em relação à evolução acelerada que a robótica e inteligência artificial estão tendo, os militares norte-americanos têm uma novidade para dar ainda mais calafrios: Eles criaram uma rede que pode ser capaz de realizar análise de dados e percepção sensorial, com processamento visual, acústico e classificação de objetos ou atividades.
Para quem não lembra, no filme Exterminador do Futuro, um androide com habilidades militares foi enviado ao passado para dar fim à vida de um garoto, que posteriormente seria o principal responsável por uma revolta contra as máquinas.
Quem articula esta incursão assassina é na verdade a Skynet, um tipo de inteligência artificial que opera em uma rede, composta de robôs e sistemas de computador. Por acaso, a Skynet voltou-se contra seus criadores, os humanos.
Bom, dito isso e criado o pânico, hora de explicar a invenção militar.
Segundo o site TGDaily , esta mini-Skynet tem como objetivo expandir e sofisticar as capacidades de análise em situações de perigo.
A Skynet tudo vê, tudo sabe. E controla robôs militares.
Por mais que os soldados sejam profissionais altamente treinados, eles são humanos e suscetíveis a falhas.
Uma vez que computadores e robôs e possuem um poder de processamento de informação muito mais avançado que o cérebro humano, usar este tipo de tecnologia se tornou uma alternativa interessante às forças armadas.
Tony Falcone, porta-voz da DARPA ( Defense Advanced Research Projects Agency , algo como Agência de Pesquisa e Projetos Avançados de Defesa), disse que, apesar dos desafios que um projeto desses representa, a rede neural proposta pode dar às máquinas um poder de aprendizado nunca visto antes.
Tudo ainda está em testes, mas trata-se, de fato, de um estudo ousado.
“Temos muito trabalho pela frente. Para se ter uma ideia, o sistema ótico humano utiliza seis camadas de processamento cortical, além de todos os pré-processamentos realizados pela retina. Conseguiremos os mesmos resultados, ou melhores, com duas ou três camadas computacionais.” – afirma Falcone, que completa:
“Um aprendizado tão profundo não pode ser feito com um programa biomimético (que utiliza a simulação e repetição de padrões e processos pré-estabelecidos), mas acreditamos que os sistemas biológicos apresentam uma economia de complexidade, porém temos que ir mais a fundo e ter mais camadas. Estamos apenas começando a entender como fazer isso.”
De fato, como observa o porta-voz, o chamado “Deep Learning” poderá permitir, com a utilização de uma rede neural bem treinada, a obtenção de um nível “humano ou melhor que isso” em processos de análise de vídeo e outros tipos de sensores.
No fundo, todo esse aprendizado deve permitir aos comandantes tomadas de decisões mais corretas, de forma mais rápida e mais precisa.
Vale lembrar que, em uma rede neural, inclusive na humana, sabe-se qual informação começa a ser processada, mas todo resultado desta análise é uma surpresa. Ninguém sabe o que acontece no meio do caminho, e as respostas obtidas vão sendo classificadas em novos padrões de comportamento.
Resta saber se estes especialistas estão preocupados em desenvolver medidas de contingência, caso alguns destes robôs passe a ter um comportamento, digamos, inadequado.
Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/s/27102010/7/tecnologia-negocios-forcas-armadas-dos-eua.html